terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Chick-Lit









Gente há muito tempo eu gostava de um determinado estilo de livros e, de uns tempos para cá, descobri que tem uma denominação para eles... 
São os Chick-Lit!!!

É a literatura voltada para o público feminino; são historias feitas para as mulheres, e seu estilo propõe o entretenimento, para divertir mesmo, e que é muitas vezes chamado pejorativamente de Literatura de Mulherzinha. Obras desse gênero retratam mulheres modernas, autônomas, inteligentes e corajosas.

Ckick-Lit consiste em romances leves, descontraídos, sutis e divertidos, além de apresentar um humor extremamente refinado (e é claro que nem todas as criaturas estão preparadas para isso, não é mesmo?).

Mas, para mim, Chick-Lit é bem mais específico que isso: é a literatura voltada para as jovens adultas, assim como eu (se é que ainda me encaixo nesta categoria depois que completei 30 anos! hahahha).









Após ler algumas obras e me divertir demais com os Chick-Lit, percebi que é uma literatura voltada para as mulheres, apresentando narrativas que abordam as questões e os interesses do universo feminino, Além do fato de que, geralmente, são escritas por mulheres!



 Assim, é impossível você ler e não se identificar com uma personagem da “literatura para mulherezinha”... Eu me identifico demaaaais com essa literatura, pois me parece que estão sendo retratados detalhes da minha vida ao público em geral! Meus medos, minhas dúvidas, meus sonhos... É tão engraçada esta sensação; me sinto a personagem de algumas histórias...


O preconceito é evidente quando o assunto é Chick-Lit. Eu mesma já passei por isso... Muitas vezes vou às livrarias e pergunto qual a sessão de algumas autoras deste gênero e sou conduzida às prateleiras de literatura teen... 



O problema é que Chick-lit não é teen!! Existem até alguns teens que podem se enquadrar nos chick-lit como um subgênero; muitos por aí falam de milhares de subgêneros de chick-lit, mas nem todos os livros que tenham um personagem feminino é um chick-lit, né??

 Eu sou bastante eclética em relação a tudo: filmes, músicas, amizades, moda etc. Portanto, não seria diferente com os livros, né? Já li de Balzac, Érico Veríssimo a Antônio Carlos Araújo, mas eu sou fissurada mesmo em entretenimento na leitura de um livro! 




Ler um livro, para mim, além de me prender, tem que me divertir, me fazer rir e me deixar com o astral lá em cima para que eu ache que a vida é bela e colorida!



Besos, Besos, Besos

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

E aí será que dessa vez vai??


Tenho 30 anos e, desde que entrei na faculdade, venho procurando um rumo para minha vida (digo, profissional)...

Entrei na faculdade para o curso de Letras – Deus sabe lá por quê –, mas era um daqueles momentos em que Ele te diz o que fazer e, de olhos fechados e ouvidos tapados, simplesmente desobedecemos... Então mudei de curso, passando para Publicidade, pois achei que seria um curso leve, descolado, sabe? Isto hoje me soa como uma grande piada, porque “descolada” é algo que jamais fui... Vai ver foi este aí o primeiro de muitos equívocos que vinha cometendo em minha vida profissional.

Sou uma pessoa que não nasceu para ficar trancada em um escritório até as 23:00, tampouco para comandar ou ser comandada por uma equipe estressada e com a neurose das metas e dos resultados inatingíveis; eu nunca soube direito o que eu queria da minha vida, mas isto era exatamente o que eu não queria – na verdade, tenho fobia ao mundo coorporativo. 

Então, a partir daí, comecei a empreender em diversos segmentos diferentes de micro-negócios para ver se, de alguma maneira, deslanchava profissionalmente. Assim, montei uma assessoria de noivas, cujo grande feito foi realizar 2 casamentos, tendo ocorrido no primeiro deles um pequeno incidente, “estilo roubo de cargas”, quando eu estava a caminho da recepção, e roubaram meu carro e todas as bebidas da festa... Isso poderia ter sido uma verdadeira catástrofe, mas, como em todo belo seriado, teve um final feliz, e conseguimos realizar o casamento sem que a noiva percebesse nada.

Depois fiz um curso de moda, pois, naquela altura, achava que o que tinha dado errado no final das contas era a escolha da minha profissão (verdade seja dita: ainda acho isso!). 

Então, fui fazer um curso de moda e, depois que concluí (prepare-se para meu segundo grande erro...), abri um atelier que teve a vida longa de 10 meses e nenhum lucro! Para mim, o fracasso com a Bessie (sim, essa era o nome de minha marca) foi o bastante para que eu percebesse a ausência, em minha pessoa, do espírito e do desapego necessários a um empresário/empreendedor a fim de que este se estabeleça. 

Assim, parti para a representação sem custos e comecei a ganhar minha própria graninha, e isso era muito legal! Porém, aos poucos também fui perdendo o interesse em vender Perfumes de Interiores – é algo que também não é lá muito estimulante. 

Pensei, então, por que não ser DONDOCA??! Ora, sou casada, meu marido trabalha, meu pai me ajuda, e poderia muito bem me encaixar! Poderia, sim, SE os dois que acabo de citar fossem super ricos e depreendidos, o que não é o caso. Mas, eu estava, de fato, com tempo livre para ser dondoca...

Bem, a fim de ser uma verdadeira dondoca, você precisa basicamente de 2 coisas, ou melhor, de 3 coisas: (1) um cara para te sustentar (isso pode ser seu marido, seu pai, seu avô... Enfim, alguém que te banque); (2) muito dinheiro para gastar (isso é o que me falta: cartões de crédito à vontade, contas abarrotadas de dinheiro, carros, etc.); e, por fim, mas não menos importante, (3) tempo livre (e esse é o único requisito que possuo...). 

Passei, então, a investir todo esse meu tempo livre na observação de dados empíricos e incidentais relacionados a uma gama de mulheres que seguem este estilo de vida tão almejado por mim...

 Foi assim que eu comecei a perceber que as dondocas têm que se virar para fazer com que as 24 horas do dia sejam úteis, ou melhor dizendo, não sejam inúteis, e por isso elas malham, fazem pilates, vão ao salão, aos shoppings, freqüentam chás beneficentes, etc. 

Porque preencher seu tempo ocioso é algo bem complicado, e descobri da pior maneira que ser uma aspirante a dondoca sem um marido rico é um verdadeiro caos! Então comecei a pensar que poderia usar esse meu tempo ocioso (“ocioso”? apenas um termo chic para dizer que você é uma DESOCUPADA) com outras coisas, além de dar ordens à babá, comer (algo que tenho feito com muito louvor), assistir à televisão e dormir, para meu tempo passar mais depressa. 

Parei de pensar que existem pessoas que são assim mesmo: que têm sorte no amor, na guerra, mas não na vida profissional. Parei de me lamentar pelo fato de que todos têm um trabalho e recebem dinheiro menos eu! Como disse, vou usar esse tempo livre (isso, livre soa um tanto melhor que ocioso!) para praticar atividades coisas que me agradam...

Eu, por exemplo, gosto muito de ler. Desta forma, comecei a ler coisas que me interessam, e não livros balzaquianos que me caem mais como um sonífero que como diversão ou entretenimento. A leitura fez-me lembrar de uma coisa que há muito estava apagada lá no fundo da minha memória... Sabe quando somos crianças sempre dizemos “quando eu crescer, serei tal coisa”? 

Pois é, por alguma razão (destino, quem sabe...), me lembrei que sempre dizia que seria uma escritora. Lembro que, na minha infância, sempre escrevia cartinhas quilométricas para expressar minhas angústias e alegrias! Lembro também as inúmeras cartas suicidas que escrevi quando os meus boletins chegavam ou quando fazia alguma coisa pela qual tinha certeza de que seria severamente punida (e no meu tempo não tinha DPCA e nem Conselho Tutelar, não! Era SURRA mesmo...). 

E não sei o que ocorreu ou se mesmo ocorreu algum fato definidor, mas de uma hora para outra simplesmente parei de escrever, mas parei mesmo. Nem um cartão de natal para meu marido eu conseguia mais escrever (ainda bem que não sou americana, já pensou? Quando fui me casar teria tido um grande problema com os meus votos! Sério, graças a Deus que não sou, porque eu teria tido minha primeira crise antes mesmo de me casar!)... 

Não me lembro ou realmente não houve nenhum episódio que me traumatizou a ponto de me fazer parar de escrever, mas o fato é que agora essa vontade do nada está voltando, como se ela tivesse ficado adormecida bem lá no fundo do meu íntimo e estivesse querendo enfim aflorar! 

Vejo-me agora ansiosa para que esse ímpeto aflore logo, porque, pela primeira vez em minha vida, sinto que estou no caminho certo, profissionalmente falando (é realmente eu disse profissionalmente falando; soa tão estranho enquanto escrevo e digo em voz alta tal frase...). Será que pela primeira vez na minha vida eu encontrei minha verdadeira vocação?




Besos, besos, besos!